terça-feira, 16 de outubro de 2012

Acabaram-se os planos... acabaram mesmo!

… Se planeio uma reviravolta à casa, adoeço e não saio da cama
….Se planeio ir à praia, chove
…. Se vou de fim de semana com o marido ficamos os dois com uma bela de uma gripe que não nos mexemos
… Se planeio restaurar a nossa casa, e cumprir um sonho antigo, o marido perde o emprego, e ouço  dizer que afinal tenho uma grande dívida para pagar, só porque sou portuguesa. Até hoje continuo sem saber quanto devo afinal e a quem, mas ninguém me diz, querem que continue a pagar às prestações, logo eu que odeio prestações.
… Se planeio mudar de emprego porque já cá ando há 8 anos e isso não é saudável…. O raio da dívida assombra-me…. Afinal não sei quanto devo e a quem….

E depois dou por mim a dizer à hora de almoço: “Deixei de pensar a longo prazo. Sei que amanha estou cá, e depois logo se vê”

E depois penso para mim:
 “ Em que merda de pessoa triste te estás tu a transformar? E os sonhos? E as vontades?” e depois apetece-me chorar e partir esta merda toda, que é como quem diz…voltar costas para não mais voltar.

Revolta, uma revolta muito grande é o que sinto.
Tinha tudo nas minhas mãos para viver confortavelmente: sou jovem, com um bom emprego e um salário que embora não sendo justo é acima da média. Apesar disto, neste momento sinto que vivo no fio da navalha… e sou impedida de usufruir de pequenos “luxos”  - que sempre foram pagos com o dinheiro do meu trabalho – apenas porque agora trabalho para pagar as dívidas de alguém, não as minhas que eu nunca as tive. E eu nunca pedi muito, nunca quis ter mais que um Yaris e um T2 anafado... sou bem capaz de ser feliz assim, acreditem em mim.

Não queria estar a escrever isto, não queria que a minha motivação para escrever fosse esta, mas perdoem-me, é que hoje não me sai mais nada, e tenho este aperto na garganta a querer sair por todos os lados. Não vou chorar...ainda... mas deixem-me gritar.

PS

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